6.2.08

A produtividade humana é sagrada

“Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”, defendeu em conversa com o Correio da Manhã Gregório Rocha Novo, membro da direcção da CIP." (Via Zero de Conduta)

Sim, todos concordamos, é pacífico, deve ser despedido. Mas vamos ficar por aí? Porque, no fim de contas, que rendimento se extrai dum desempregado? Nenhum. E é admissível uma unidade produtiva parada, sem rendimento? Não é. Se não produz, meu deus, mais vale abatê-lo, com a dupla vantagem de se lhe acabar com o sofrimento e extrair o que de mais-valias guarda ainda o seu cadáver: órgãos para transplantes, gordura para sabões, cabelo para perucas, ossos para rações de gado, pele para delicadas luvas ou carteiras, etc., etc.
Era o que faltava, permitirmos que os nossos esforços de criação de riqueza fossem sabotados por gente desinteressada, inadaptada ou doentinha.

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