3.9.07

Hans-Ulrich Treichel

A MINHA ORDEM


Vou vivendo, os meus
álbuns de fotografias estão
quase cheios, o Estado
que vejo na televisão
é bom para mim
porque eu sou bom
para ele, amnistia
vitalícia que mereço
pela inacção,
tenho as camisas
engomadas, tenho
desejos compatíveis,
respiro, como todos,
tusso, como a maioria,
agora que é Outono
as folhas caem,
e penso: com razão.

(Tradução de João Barrento)

2 comentários:

Anónimo disse...

in «a alma e o caos»?

JMS disse...

Não. "Como se fosse a minha vida", Quetzal Editores.